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TRANSTORNOS E PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM




O TDHA é a sigla para Transtornos de Déficit de Atenção    e    Hiperatividade. Caracteriza por um conjunto de sintomas cognitivos e comportamentais que se desenvolver ainda na infância e que pode se manifestar na escola, no ambiente doméstico e em outras parte da vida social e na vida adulta.  As características mais comuns são três: desatenção, hiperatividade (agitação) 
(Impulsividade), misto ou combinado.
Característica do TDAH:
·       Não prestar atenção a detalhes ou cometer erros por descuido;
·       Ter dificuldades para concentrar-se em tarefas e ou jogos;
·       Não prestar atenção ao que lhe é dito;
·       Ter dificuldade para seguir regras e instruções e ou terminar o que começa;
·       Ser desorganizado com as tarefas e materiais.
·       Evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;
·        Perder coisas importantes;
·        Distrair-se facilmente com coisas que não tem nada a ver com o que está fazendo;
·        Esquecer compromissos e tarefas;

Os sintomas que fazem parte do grupo de hiperatividade e impulsividade são:

a) Ficar remexendo as mãos e/ou pés quando sentado:
b) Não parar sentado por muito tempo;
c) Pular, correr excessivamente em situações inadequadas, ou ter uma sensação interna de inquietude;
d) Ser muito barulhento para jogar ou divertir-se;
e) Ser muito agitado;
f) Falar demais;
g) Responder as perguntas antes de terem sido terminadas;
h) Ter dificuldade em esperar sua vez;
i) Intrometer-se em conversas ou jogos dos outros.
Esses sintomas devem estar presentes em pelo menos durante 6 meses, com comprometimento em 2 áreas diferentes.
De acordo com o DSM V é possível se classificar o TDAH em leve, moderado e grave, de acordo com o grau de comprometimento que os sintomas causam na vida do indivíduo.









                            ÁREAS DO CÉREBRO ENVOLVIDAS


Rohde e Benczik consideram hipótese de hereditariedade, problemas na gravidez ou parto, exposição a determinadas substâncias, problemas familiares, alimentação e hormônios (1999, p. 57).Conforme Silva (2003, p. 176), o TDAH (transtorno de déficit de atenção/hiperatividade) deriva de um funcionamento alterado no sistema neurobiológico cerebral, isto significa que substâncias químicas produzidas pelo cérebro, chamadas neurotransmissores, apresentam-se alteradas quantitativas e/ou qualitativamente no interior dos sistemas cerebrais que são responsáveis pelas funções da atenção, impulsividade e atividade física e mental. Rohde e Benczik (1999, p.55) citam que os achados científicos tem indicado a presença de disfunção em uma área do cérebro conhecida como região orbital frontal. Essa região é situada na parte da frente do cérebro, logo atrás da testa. É uma das regiões mais desenvolvidas em seres humanos e parece será responsável pela inibição do comportamento, pela atenção sustentada, pelo autocontrole e pelo planejamento para o futuro. Silva (2003, p.178) diz que nas pessoas com TDAH, a região frontal recebe um menor aporte sanguíneo do que deveria e, como consequência, há uma diminuição do metabolismo nesta região, que ao receber menos glicose (oriunda do sangue), terá menos energia e funcionará com seu desempenho reduzido.

              TDAH E TRANSTORNOS ASSOCIADOS-COMORBIDADES

As crianças e adolescentes com TDAH (transtorno de déficit de atenção/hiperatividade) apresentam com maior frequência outros problemas de saúde mental, como problemas de comportamento, ansiedade e depressão, que são chamados de comorbidades. Comorbidades é a ocorrência em conjunto de dois ou mais problemas de saúde. O TDAH é acompanhado com uma frequência alta de outros problemas de saúde mental.
Segundo Rohde e Benczik, Do ponto de vista emocional, uma criança que apresenta TDAH e tem dificuldades de relacionamento e de aprendizagem pode desenvolver sentimentos de ansiedade, baixa autoestima e depressão como consequência (1999, p. 46).
Pesquisas mostram uma vasta prevalência de comorbidade entre o TDAH e os transtornos disruptivos do comportamento como:
·       Transtorno de conduta e transtorno opositor desafiante
·       Depressão
·       Transtornos de ansiedade
·       Transtornos da aprendizagem
Silva (2003, p. 137), é importante saber diferenciar o transtornos uma pessoa apresentar os dois quadros.
·       TDAH com Transtorno Bipolar;
·       TDAH com TDO (Transtorno desafiador opositivo);
·       TDAH com retardo mental.
Os indivíduos com este transtorno podem não prestar muita atenção a detalhes ou podem cometer erros por falta de cuidados nos trabalhos escolares ou outras tarefas.
O trabalho frequentemente é confuso e realizado sem meticulosidade nem consideração adequada. Os indivíduos têm dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas e consideram difícil persistir em tarefas até seu término. Eles frequentemente dão a impressão de estarem com a mente em outro local, ou de não escutarem o que recém foi dito...
Os indivíduos diagnosticados com este transtorno podem iniciar uma tarefa, passar para outra, depois voltar a atenção para outra coisa antes de completarem qualquer uma de suas incumbências. Eles frequentemente não atendem a solicitações ou instruções e não conseguem completar o trabalho escolar, tarefas domésticas ou outros deveres.
As tarefas que exigem um esforço mental constante são vivenciadas como desagradáveis e acentuadamente aversivas. Por conseguinte, esses indivíduos em geral evitam ou tem forte antipatia por atividades que exigem dedicação ou esforço mental prolongado ou que exigem organização ou concentração (por ex., trabalhos escolares ou burocráticos.
Os hábitos de trabalho frequentemente são desorganizados e os materiais necessários para a realização da tarefa com frequência são espalhados, perdidos ou manuseados com descuido e danificados. São facilmente distraídos por estímulos irrelevantes e habitualmente interrompem tarefas em andamento para dar atenção a ruídos ou eventos triviais que em geral são facilmente ignorados por outros (por ex., a buzina de um automóvel, uma conversa ao fundo). A hiperatividade pode manifestar-se por:
• inquietação ou remexer-se na cadeira.
• não permanecer sentado quando deveria.
• correr ou subir excessivamente em coisas quando isto é inapropriado.
• por dificuldade em brincar ou ficar em silêncio em atividades de lazer.
• frequentemente parecer estar “a todo o vapor “ou “cheio de gás” ou por falar em excesso.
Em adolescentes e adultos, os sintomas de hiperatividade assumem a forma de sensações de inquietação e dificuldade para envolver-se em atividades tranquilas e sedentária.


A IMPULSIVIDADE MANIFESTA-SE COMO:

• dificuldade para protelar respostas, responder precipitadamente, antes de as perguntas terem sido completadas.
• dificuldade para aguardar sua vez e interrupção frequente ou intrusão nos assuntos de outros, ao ponto de causar dificuldades em contextos sociais, escolares ou profissionais.
• Outros podem queixar-se de dificuldade para se expressar adequadamente.

Os sinais do transtorno podem ser mínimos ou estar ausentes quando:

• O indivíduo se encontra sob um controle rígido.
• Está em um contexto novo.
• Está envolvido em atividades especialmente interessantes.
• Em uma situação a dois (por ex., no consultório do médico ou psicólogo) ou enquanto recebe recompensas frequentes por um comportamento apropriado.
 Há uma série de hipóteses relacionadas com este transtorno. São elas:
a) Defeitos orgânico-cerebrais.
b) Fatores Neuroquímicos
c) Fatores genéticos
d) Fatores alergênicos

PROGNÓSTICO

O T.D.A.H. é geralmente diagnosticado quando a criança começa a frequentar a escola ainda que os sintomas já estejam presentes antes disto.
Princípios Psicoterapêuticos

·       Psicoterapia e Medicina Comportamental
·       Tratamento medicamentoso

Estratégias Pedagógicas

• Alunos com TDAH podem e devem frequentar uma sala regular.
• De acordo com seu grau de acometimento será necessário um auxiliar pedagógico e um programa especial fora da sala de aula
.• É preciso desenvolver algumas atividades que são prazerosas para eles e pelas quais eles têm interesse.
·       É necessário organizar e estruturar a sala de aula, utilizando material didático adequado de acordo com a habilidade do aluno e realizando avaliações frequentes.
·       Manter comunicação com os pais, pois geralmente, eles sabem o que funciona melhor para o seu Filho.
·       Colocar limites claros e objetivos; tendo uma atitude disciplinar equilibrada e proporcionar avaliação frequente, com sugestões concretas.
·       Fornecer instruções claras, simples e dadas uma de cada vez, com um mínimo de distrações. Se possível, que o aluno repita as informações.




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